sábado, 4 de abril de 2020

Joana de Verona fala sobre a sua nova Personagem, Adelaide, da Telenovela da Globo «Éramos Seis»!



                                                                Atriz Luso-Brasileira revela que:
                                                               «
Os Homens têm medo das Mulheres».

       A Atriz de Origem Luso-Brasileira Joana de Verona que atualmente se encontra na Novela de Época 
Éramos Seis onde interpreta o papel de Adelaide, Personagem esta que vai contra os Padrões Sociais da Década de 20 do Século XX o que tem levado a que os seus Fãs se encontrem rendidos a sua atual Personagem diz que não pode estar mais feliz do que aquilo que está após ter visto o sucesso que Adelaide tem feito junto dos seus Fãs e que embora tenha nascido no inicio do Século passado não se deixa ir abaixo com os Desaires que as suas Lutas Sociais possam conhecer, sendo disso exemplo o Machismo e o Casamento, entre tantas outras Questões Sociais. Foi aliás acerca desses aspetos que a Jovem de 30 anos (8 de Dezembro de 1989, São Luís, Maranhão, Brasil) fez questão de falar com a Revista Social Portuguesa Nova Gente.
   
      Márcio Gomes: - Adelaide, a personagem que interpreta na novela Éramos Seis, é uma mulher à frente do seu tempo para a década de 30 do século passado. Mas as dúvidas que tem, na história da novela, continuam a ser muito atuais, não concorda?
      Joana de Verona:
Sim! Ela é moderna, tem conceitos de vida diferentes. Questiona os relacionamentos convencionais impostos pela sociedade, fala sobre os tipos de relações- «abertas» ou «fechadas»-, convenções e visões do Mundo. E, se pararmos para analisar, continuam muito atuais nos dias de hoje.

     Márcio Gomes: - Apesar de estarmos em 2020, considera que o machismo continua muito presente na sociedade nos dias de hoje?
     Joana de Verona:
Sem dúvida! A questão do «vagão cor-de-rosa» (carruagens de metro exclusivas para mulheres) aqui no Rio de Janeiro é um exemplo de que o machismo existe. Trata-se de uma medida que era para ser provisória, mas já está em vigor há uns dez anos. Não é uma medida de mudança de comportamento e pensamento dos homens. É, sim, o assumir de que eles invadem o espaço de uma mulher, sendo grosseiros e agressivos. Em vez de se reverter essa realidade- de alguma forma, através da educação e da mudança de pensamento- isso não aconteceu. Criou-se uma medida que tem de existir para impor respeito. Sei que, para algumas mulheres, isso é um alivio, porque podem andar, na hora do tráfego intenso, de forma mais tranquila, sem serem incomodadas ou abusadas. Mas, se pararmos para analisar, é uma perpetuação do que continua a acontecer…

    Márcio Gomes:- Trata-se, então, de uma medida paliativa e não uma mudança de comportamento?
    Joana de Verona:
É aquele de tipo de decisão: nós temos esse problema, mas vamos suaviza-lo. Mas não há uma resolução de fundo para mudar o comportamento masculino e alterar essa história. É tão grave isso existir, que só através da existência desse vagão é que conseguimos ter o mínimo de respeito pelas mulheres. Vamos colocar um pano quente aqui... e pronto! Mas o machismo não existe só no Brasil, existe em todo o Mundo.
 
   Márcio Gomes: Como é possível mudar essa realidade?
   Joana de Verona: Há muitas mulheres,
mães e avós, que criam os filhos de forma machista. Isto é um facto! E são muitos e muitos anos de supremacia masculina sobre a feminina. E nós, mulheres e homens, vamos assistindo a isso acontecer. Acho que o importante é refletir e pensar se cada um de nós não está a pôr em prática um discurso machista. Temos de estar atentos.

   Márcio Gomes: Estamos numa fase da História em que é necessário repensar no significado das relações?
   Joana de Verona:
Não é só isso! Além das relações interpessoais, também as do preconceito, as do racismo e as do machismo. O Brasil é um país que tem menos anos, comparado com outros no Mundo, mas é um ótimo lugar de reflexão. É tão rico, existem tantos tipos de pessoas, tem uma diversidade tão incrível, que é impossível não existir aqui uma enorme complexidade de questões. E é tudo muito radical. Mas, no meu ponto de vista, é melhor ser radical do que um povo que concorda com tudo, que não reivindica e não faz nada.

   Márcio Gomes: As mulheres estão a assumir cada vez mais poder...
   Joana de Verona:
E os homens assustam-se com as mulheres, que são um bicho ágil e são bem mais fortes do que eles, no geral (risos). Por isso, os homens assustam-se tanto, têm medo das mulheres. Porém, nós, mulheres, ainda precisamos de nos afirmar. Mas a mulher tem muita força.

   Márcio Gomes: Qual tem sido a reação do público em relação ao seu trabalho no mundo?
   Joana de Verona:
A melhor possível! Estou grata, porque muitas mulheres, vêm falar comigo, quando se cruzam comigo. Eu vejo que a Adelaide está a mexer com essas pessoas, por causa dos assuntos abordados na trama. As mulheres refletem sobre aquilo a que assistem na televisão e isso é maravilhoso. Poder fazer um trabalho que se passa na década de 30 do século passado e que faz as pessoas questionarem-se em pleno ano de 2020... é incrível! A Adelaide traz esse impacto social e faz-nos pensar sobre diversos assuntos.

  Márcio Gomes: Há algo parecido entre a Joana de Verona e a Adelaide?
  Joana de Verona:
Algumas coisas, sim, outras, não. O facto de eu, Joana, ter morado em vários lugares- ser brasileira e ter crescido em Portugal, transitar muito entre os dois países... e ainda ter estudado Direção de Documentário em França e ter feito filmes na Alemanha- faz com que tenha uma grande capacidade de adaptação, tal como a Adelaide. Mas ela tem uma energia mais acelerada do que a minha. Porém, empresto alguma coisa de mim, sim, até porque as personagens partem de nós.

 Márcio Gomes: Como é contracenar com Susana Vieira?
 Joana de Verona: Ela é uma artista muito experiente,
ágil e tem uma grande presença em cena. As nossas personagens são bem dinâmicas, porque são mãe e filha. Divertimo-nos muito (risos)

 
Márcio Gomes: Assim que acabar Éramos Seis, já tem novos trabalhos agendados?
 Joana de Verona:
Este ano, está prevista a estreia da longa-metragem Tinnitus. E, quando acabar a novela, volto para Portugal, para junto da família. Passando a pandemia do novo coronavírus, pretendo ficar no Porto e em Lisboa, para estrear uma criação minha: o espetáculo Mapa Mundi, que prevejo estar em dois festivais de teatro em Portugal. É isso...

       1. Quando o Jornalista Márcio Gomes lhe perguntou se existia algo em comum entre a própria Joana de Verona e a sua Personagem da Novela de Época Eramos Seis, a Atriz respondeu «O facto de eu ser brasileira e ter crescido em Portugal, transitar muito entre os dois países... faz com que tenha uma grande capacidade de adaptação, tal como a Adelaide».  
      2. Em relação ao fato de como está a ser a experiência de poder contracenar com a Atriz Brasileira Susana Vieira, Joana de Verona diz que: «Ela é muito experiente. As nossas personagens são bem dinâmicas, porque são mãe e filha. Divertimo-nos muito!»
     3. Por último quando a Jovem foi questionada sobre na sua opinião Pessoal como é que se poderá dar uma transformação na forma como as Mulheres ainda continuam a ser vistas, Joana de Verona salientou o fato de que «Há muitas mulheres que criam os filhos de forma machista. E são muitos anos de supremacia masculina...».


       

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