Existe o Risco de Voltarmos a Viver um Terramoto como
o de 1755?
Tratando-se de uma Fase da História de Portugal que mesmo que já se tenham passado 264 anos após a sua Ocorrência continua a ser um Tema que tem cativado a atenção de muitas Pessoas em especial dos Historiadores Mundiais, ainda existe passado todo este Tempo muita coisa que nunca se ficará a saber sobre a Triste Efeméride Terramoto de 1755. Inclusive, por mais que investiguem acerca do Caso nem sequer entre os próprios Historiadores existem passados 264 Anos uma Opinião que vá na sua Maioria de encontro ás Verdadeiras Proporções que este Acontecimento poderá ter causado na altura.
No dia em que o temível Acontecimento Natural Sismo ou como também é conhecido Terramoto De Lisboa comemora o seu 264.o Aniversário é altura de falarmos um pouco do fato de no passado de 2018, os Sismos que vinham ocorrendo um pouco por todo o Território Português nos últimos tempos levarem as Pessoas a pensar no que se passou há pouco mais de 200 anos ou seja o Sismo de 1775, o qual mesmo passados que são tantos anos ou seja mais exatamente 264 continuam a ser alvo não só de grande Interesse como de Inúmeros Estudos o que leva a que as Pessoas se sintam motivadas a descobrir tudo e mais alguma coisa sobre este triste Evento.
Nessa Manhã do Dia 1 de Novembro de 1755 (Dia de Todos Os Santos) é claro que inúmeros foram os Sinais que podiam ter levado a descobrir que algo de errado estava prestes a passar-se mas infelizmente como na Época muitas Pessoas eram Analfabetas e não sabiam ler, neste caso principalmente Livros sobre Geologia não é portanto de admirar que ninguém tenha sabido interromper os Sinais Geográficos que haviam notado sendo que nem sequer pensavam no quão trágico iria se tornar o resto do dia. Uma das poucas Coisas que se sabe acerca dessa altura é que inúmeras foram as Pessoas que notaram que o Nível das Águas dos Poços havia baixado de forma extraordinária bem como o Comportamento dos Animais se havia modificado de um momento para o outro sem razão aparente.
De acordo com o que foi revelado o ano passado pelo Professor de História Rui Tavares, Escritor do Volume O Pequeno Livro do Grande Terramoto, editado em 2005:
«A Razão pela qual sabemos que houve esses Sinais foi porque, no rescaldo do Terramoto, uma das Decisões do Governo de Dom José I, que contava já na altura com o Apoio de Sebastião José de Carvalho e Mello- futuro Marquês de Pombal- foi fazer um Inquérito com uma Dezena de Perguntas, para enviar aos Párocos em várias Regiões á volta de Lisboa e no Sul». A Resposta para todas as Questões acerca deste Acontecimento, no entanto, trata-se de uma Situação que jamais iremos desejar vir a conhecer: «Nunca Viremos a Saber, por exemplo, quantas Pessoas morreram», conta Rui Tavares.
Terramoto de Lisboa:
A Primeira Tragédia da Idade Moderna.
O Terramoto de 1755 como é óbvio haveria de levar a que a Cidade de Lisboa ficasse marcada de vários modos. Segundo é relatado pelo Jovem Historiador o Terramoto de Lisboa «foi a Primeira Catástrofe Moderna». Tudo porque no Estudo de todos os Prejuízos resultantes dessa Tragédia, a atitude tomada pelo Poder Político de então contaria com tudo o que de novo existia na Época dado que esta Situação defendida por Rui Tavares segundo o Professor de História:
«Foi a Primeira Tragédia em que o Estado considera que tem um Papel Preventivo e, depois desse Papel Preventivo, tem um Papel de Proteção Civil. Prova disso é o Inquérito que é feito.» Pondo de lado Portugal, o Evento Meteorológico colocaria ainda em risco a Zona de Marrocos bem a Comunidade Espanhola da Andaluzia. No nosso Pais, o Terramoto de 1755- cuja sua Parte mais Importante pensa-se ter afetado o Algarve- ficou conhecido não só pela sua Violência bem como pelo Rasto de Destruição deixado pela Intempérie sendo que pouco depois teve lugar um Tsunami «que certamente não chegou até Campo de Ourique, como diz o Mito» mas que no entanto as Ondas «chegaram ao Continente Americano, a Cidades como Boston, e mesmo á América do Sul.». Como se pode deduzir, muito acabaria por ser dado como perdido pois segundo o Texto do Jornal I da Autoria da Jornalista Beatriz Dias Coelho o qual foi publicado no dia 5 de Fevereiro de 2018 pelas 08h37m e que se encontra guardado no Arquivo Municipal de Lisboa «desapareceu completamente, por exemplo, o Teatro que existia na Baixa- A Casa da Comédia- e desapareceu o Hospital de Todos os Santos, no Rossio- «ficaram apenas algumas Paredes e ainda por cima houve um Incêndio e morreram bastantes Pessoas que estavam Internadas»- prossegue o Historiador, que no dia 31 de Janeiro de 2014 fundou o Partido Livre.
No que diz respeito aos inúmeros Incêndios dai resultantes, estes haveriam por sua vez, de ter um Papel Fundamental na Destruição. Dado que nessa altura se festejava o Dia de Todos Os Santos, muitas Pessoas encontravam-se nas Ruas da Cidade de Lisboa a participar em Procissões, transportando inúmeras Velas Acesas por toda a Cidade. «Duraram Vários Dias, até um Máximo de Cinco», contou Rui Tavares.
Mas as Perdas não se deixaram ficar por aqui no que diz respeito ao Património Lisboeta. Exemplo disso é a Avenida Paço Real que estava localizada na Praça Do Comércio e que era reconhecida na altura como Terreiro do Paço sendo que o que pouco restou desse Sitio de Lisboa haveria de ser «destruído a Balas de Canhão porque se julgou Irrecuperável», dá a conhecer o Historiador.
Mas houveram mais Danos e um deles foi a Perda da Ópera Do Tejo, a qual havia acabado de ser estreada no Mês de Março desse mesmo ano. Contudo, se tivermos em atenção as Revelações de Tavares esta tratou-se de uma das Óperas mais Interessantes do Continente Europeu, «com tanto Ouro do Brasil que os Primeiros Visitantes Estrangeiros acharam que era até demais e que distraia os Espetadores. O Palco era enorme e na Estreia havia 40 Cavalos em Cena.» Danificada haveria também de ficar a Basílica da Patriarcal- a Principal Sede da Igreja desde o Reinado de Dom João V (Monarca Português entre 1706-1750). Tirando isso, haveriam de sumir inúmeros Arquivos como o da Casa da Índia e inúmeros Volumes Manuscritos.
Para lá das inúmeras Fundações e Edifícios Históricos Lisboetas, sumiram algumas das diversas Ruas reconhecidas da Época, como é o caso da Rua Nova Dos Ferros- onde foi instalada a Morada daquele que foi o Primeiro Jornal Português «Gazeta de Lisboa» ou então a Rua das Confeitarias, uma das Áreas mais reconhecidas do Continente Europeu «onde se vendia Café, Chá e Cacau.» A forma de Construção da Baixa Pombalina, é atualmente na sua totalidade desigual daquilo que era na Época. «Era uma Espécie de Continuação da Cidade Medieval e era especialmente Sinuosa, porque a sua Disposição seguia os Leitos antigos de Rios que na Época já eram Subterrâneos», confessou Rui Tavares. Mesmo assim, embora as Ruas com a brutal Tragédia tivessem passado a ter Construções 100% desiguais, eis que algumas das Ruas continuaram a usar os seus Nomes Originais como é o caso da Rua do Ouro bem como da Rua da Betesga.
Tudo Mudou de uma Forma Radical.
O antigo Ideal de Divino era no Século XVIII tido como sendo normal. Posto isto, quando tal Tragédia atingiu a Cidade de Lisboa, de fato que não houve falta de quem tivesse defendido o Ideal de que tudo era como que um Castigo de Deus, Opinião partilhada tanto no Estrangeiro como em Portugal. A forma fácil e prática do Estilo do Marquês de Pombal- ou seja de procurar Provas Concretas que levassem a que o Problema não fosse visto pela Via Espiritual, sendo necessário utilizar o Inquérito em causa, levou a que tal Tendência fosse contrariada. Assim sendo é caso para dizer que o Governo de Dom José I tornou-se assim no Principal Protagonista de uma Mudança «Brutal», conforme diz Rui Tavares.
«Quis-se mostrar que a Culpa não foi dos Lisboetas, por serem Maus Católicos, mas sim, como se dizia na altura, que «o Terramoto foi causado por Causas Naturais naturalmente causadas»
Segundo o Historiador, o Fortíssimo Terramoto de 1755 haveria de ter um Impacto mais Importante do que, como se pode pensar, o Naufrágio do Titanic em 1912. «O Terramoto tem uma Força Filosófica Maior. Mudou a Maneira como se pensava no Século XVIII, em parte, tendo sido por Filósofos de todos os Sítios para defenderem as suas Teses Ideológicas.» Além disso, o Caso de o Violento Tremor de Terra de 1755 tem sido sentido em diversos Locais do Mundo dado que «provocou o Sentimento de que as Pessoas estavam a participar no mesmo Evento ao mesmo Tempo e de que faziam parte de uma Comunidade Humana Geral, uma Espécie de Cosmopolitismo da Experiência Partilhada», admite Tavares.
São diversas as Opiniões Contrárias.
Se por um lado é inaceitável para alguns Historiadores que o Terramoto de 1755 foi responsável pela Demolição de inúmeros Edifícios da Época por outro também existem Pessoas que defendem a Tese de que tal não terá como se tem vindo a afirmar ou seja de que o Terramoto de Lisboa destruiu tudo o que havia na altura. Por exemplo, uma das Vozes defensoras dessa Tese é Anísio Franco, Conservador do Museu Nacional de Arte Antiga e Escritor do Livro Lisboa Desconhecida § Insólita (2017) que diz o seguinte: «Essa Ideia de que o Terramoto destruiu tudo é uma Ilusão, é Mentira. Os Projetos foram autorizados, as Pessoas vivem nas Casas, precisam de mais Espaço, de Espaço Distinto, de outro Cerimonial, de outra Vivência dos Espaços e vão alternando ao longo dos Séculos. É uma Cidade que foi Vivida. Nunca houve essa Consciência de Guardar, tirando a Casa dos Bicoss, que até havia aquele Adágio Popular que dizia «Que Não Se Perca a Casa dos Bicos»(...)», revelou aquando de uma Entrevista ao Jornal Sol, no mês de Junho de 2016.
«Por exemplo o Paço (...) o Interior ardeu tudo. Mas porquê? Porque roubaram o Palácio, atacaram os Ingleses, e depois resolveram deitar-lhe Fogo para escamotear a Desgraça que tinham provocado. Os Terramotos em Lisboa são uma Constante. Porque é que só o de 1755 é que...? Na Verdade, o Terramoto justificou a Vontade do Pombal de fazer um Novo para a Cidade, o que é excelente», afirmaria o Conservador. Esta foi uma nova Versão da Matéria Sismo de 1755, a qual se trata de um Perpétuo Terreno Abundante em Temas para Discussão.
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