segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A Jovem Alcina Faneca luta pelo seu sonho de poder ser Advogada



                                               Jovem  Cigana luta pelo seu Direito a ser Advogada.

    Uma Família de Origem Cigana proveniente da Região da Torre de Moncorvo tem no seu Seio uma Filha de 25 anos de seu nome Alcina Faneca a qual é a principal Protagonista deste Tema da Autoria quer da Repórter
Ana Cristina Pereira sendo que este Vídeo que aqui vos apresento foi retirado do Site Youtube e o Texto em causa tem Fotografias de Adriano Miranda bem como o Vídeo Original que poderá ser visto no Site de Noticias em questão é da autoria da Jornalista Teresa Pacheco Miranda sendo este meu Texto retirado do Site Noticioso Público através do qual tentarei dar a conhecer a minha Opinião Pessoal sobre a Luta desta Jovem de Etnia Cigana que pretende ser Juíza.
 

     Tratava-se Alcina Jacinto Faneca de uma simples Adolescente e já nessa altura dava a conhecer em Casa que embora soubesse das dificuldades que teria de enfrentar para conseguir realizar o seu sonho de vir a tirar o Curso de Direito. Tudo porque sempre quis praticar um Regime de «Justiça Imparcial» ou seja em que pudesse atribuir a Pena Oficial justa a cada Caso que tivesse que vir a julgar no Futuro sem ter que levar em atenção quer a Etnia, Género, Credo ou até mesmo a Orientação Sexual do Acusado.
   Atualmente, a Jovem tem 25 anos de idade e é Advogada Estagiária tendo chegado já á conclusão de que o Preconceito trata-se de um Mal que é deveras difícil de colocar de lado até mesmo no que se refere ao fato de quando tem de se julgar alguém, mas não pense que por isso a Jovem coloca de lado o Sonho de se candidatar ao Instituto Judicial Centro de Estudos Judiciários e finalmente passar a ser Juíza.
    Aliás, segundo Alcino Jacinto confessou ao Jornal Público, uma Cigana Juíza que a própria nunca viu e nem sequer tem a noção se poderá existir em Portugal- aliás pode até dar-se o caso destas existirem na chamada «Clandestinidade Étnica» , para desta forma se empregar o tempo usado por Bruno Gonçalves, atual Vice Presidente da Instituição Letras Nómadas; existem realmente Ciganos e Ciganas Advogados que não escondem a sua Etnia; inclusive, o Pai de Alcina por seu lado trabalha como Guarda-Prisional que Alcina sabendo das dificuldades que se vivem no Setor Judicial não se pense que foi por isso que Alcina desistiu de tão grande Sonho.
  Não é devido ao fato de se ter casado com um futuro Guarda Nacional Republicano e pelo fato de na altura em que o Jornal Público efetuou esta Entrevista se encontrar num avançado Estado de Gravidez que Alcina deixou que os seus Sonhos se desvanecessem. Até porque um dia mais tarde quando a sua Bebé, Vera, já tiver noção da realidade que a rodeia Alcina irá ficar felicissima quando esta disser aos seus Amigos: «A minha Mãe faz isto, a minha Mãe faz aquilo. Ela é isto, Ela é aquilo, Ela conseguiu  O Modelo a que estamos habituados a falar acerca de que os Ciganos são como se fossem «Filhos» do Vento e das Estrelas, que viajam de Terra em Terra, a negociar a Venda de Cavalos, Atoalhados ou Tapetes ou até mesmo a efetuar a Leitura do Futuro nas Palmas das Mãos dos Outros- rebenta quando se efetua a entrada numa Casa enorme e cheia de Conforto pertencente á Família Faneca, que mora na Aldeia de Carvalhal, situada a pouquíssimos quilómetros de Torre de Moncorvo, Distrito de Bragança. O Progenitor, António, atualmente com 52 anos é Gerente de uma Indústria de Prestação de Serviços Agrícolas os quais são na sua maioria efetuados em Solo Espanhol. Já em relação á sua Progenitora, que também se chama Alcina, tem 50 anos e encontra-se responsável pela Gestão da Casa de Família.
     Núcleo Familiar este que como é costume acontecer no Seio Familiar Cigano é enorme e respeitadora de Pormenores como é a Educação, em que estão inseridos diversos aspetos que a Cultura Cigana gosta de manter como é o caso do Respeito pelos mais Velhos, o Fato das Mulheres Ciganas terem que manter a sua «Pureza» bem como o de que as Mulheres se devem focar mais no Casamento a partir do momento em que se unem ao seu Marido ao ponto de abandonarem os Estudos em prol da Família, os Elementos do Casal ajudarem-se um ao outro quer exatamente enquanto Casal quer enquanto Comunidade e o Respeito e Louvor aos seus Amigos e Familiares.
      Somente Teresa, a Filha mais Velha do Casal, de 28 anos de idade, é que se viu obrigada a abandonar a Escola mais cedo. Tudo porque sofria de Epilepsia e os Ataques provenientes da Doença do Foro Nervoso afligiam-na bastante levando-a a que não se sentisse bem quando se encontrava só devido ao Medo que tinha do que pudesse vir a acontecer caso tivesse um Ataque Epilético. Já quanto a Alcina, a Jovem já tirou os Cursos de Direito bem como o Mestrado em Direito Criminal. Ana, a Filha mais nova atualmente com 23 anos de idade, encontra-se a seguir o mesmo Caminho que Alcina já que também está prestes a tirar o mesmo Curso. Mas para terminar, temos o «Benjamin da Família», António, 14 anos, que embora em tempos tenha chegado a pensar em tirar o Curso de Medicina, atualmente pretende á semelhança das Irmãs estudar igualmente Direito tendo a intenção de vir a ser Investigador da Policia Judiciária.

                                                                Ainda é difícil aos Ciganos fazerem frente ás
                                                               rígidas Regras da sua Etnia.


    Á medida que a entrevista do conhecido Jornal Público se ia desenrolando, mais Pessoas se iam agrupando em redor da Mesa de Madeira que ocupa a maior parte da Cozinha da Família Faneca. Isto porque os Pais da Jovem convidaram uma Sobrinha, de nove anos, a ficarem consigo, dado que os Pais da Criança passam grande parte do tempo a trabalhar em Solo Espanhol deixando-a assim aos cuidados dos Tios para possa estudar sem problemas. Isto para não falar de dois Sobrinhos Órfãos- um de 21 anos e que é Guarda da GNR noutra Região de Portugal e um que é Menor de Idade tendo somente 17 anos e está a estudar no Ensino Secundário.
    Os seus Primos haveriam de chegar da Escola por volta da Hora do Lanche:
    «Se entrar na GNR já é uma coisa boa, mas quero ser mais do que Guarda da GNR, estou a pensar na Academia Militar»,
confessou o Jovem tendo acrescentado ainda que: «Senão fosse o meu Tio, não tinha Comida na Mesa, não podia pensar em Estudar. É Ele que me está sempre a dizer: «Tens de ser mais Ambicioso». A Avó Materna de Alcina que vive igualmente na mesma Casa que os restantes Familiares, acaba por se comover enquanto o ouve.
      A Avó tem atualmente 66 anos e nunca andou num Estabelecimento Escolar. Se aprendeu a ler e a escrever, isso deve-se a um Casal de Professores para quem trabalhou. Não é de origem Cigana, mas quando contraiu Matrimónio com o Avô de Alcina, Casamento esse que se deu quando a então Jovem tinha somente 14 anos de idade acabaria por abraçar a Cultura Cigana. Como é costume dizer-se no Dialeto Cigano (Aciganou-se): «O Cigano com quem me «juntei» nessa altura já era um bocadinho diferente. Relacionava-se com Ciganos e Não-Ciganos.»  O que se repara nesta Família de origem Cigana é que os Faneca conseguiram obter aquilo que há algum tempo atrás seria tido como sendo impossível no Seio de algumas Famílias Ciganas que é o terem obtido o mesmo Nível de Progressão em Termos Escolares do que as Famílias Não-Ciganas Portuguesas. Posto isto, o que se pode concluir é que se por acaso o Patriarca da Família em questão concluiu os seus Estudos até ao 4.o ano ou seja a antiga Escola Primária, fato esse que lhe permitiu poder ter Carta de Condução e criar o seu próprio Negócio, a Mãe de Alcina Jacinto Faneca possui o 6.ano ou seja a antiga Telescola ou Ciclo Preparatório, o que no entanto não os impossibilita de fazerem com que os seus Descendentes sonhem mais alto em relação aos Estudos, fato este que é comprovado pela Advogada Alcina quando diz:
   «Podiam andar cheios de Anéis e Pulseiras, mas preferem investir em Nós».     Afinal não deve ser nada fácil ser Filha de Pais Ciganos como diz a Mãe de Alcina suspirando quando conta que segundo a sua Opinião Pessoal: «Estamos num Fogo Cruzado». Tudo porque o fato de se ser Cigano e Estudante é ainda infelizmente uma Realidade Recente na Vida das Pessoas que fazem parte desta Classe Social. Tudo isto porque durante muitos Séculos as Pessoas que faziam parte desta Etnia achavam que o mais importante era em relação aos Estudos aprenderem a fazer Contas para poderem ajudar os Pais na Venda dos seus Produtos. E o que é pior ainda, é que ainda hoje, os Ciganos fazem da Virgindade Feminina um Ponto de Honra.
    O Documento Estudo Nacional Sobre as Comunidades Ciganas- efetuado pelos Investigadores Maria Manuela Ferreira Mendes, Olga e Pedro Candeias tendo sido editado pelo Instituto Alto Comissariado Para as Migrações no ano de 2014- lança um olhar para a existência de uma parcela estimada em cerca de 2´9% de Escolaridade quer no Ensino Secundário quer seja no Ensino Superior. Já no que diz respeito á Taxa de Analfatebismo esse fica situado em cerca de 15´5% ou seja, resumindo e concluindo, existe quase um Terço da População Cigana que ou não deu por completo o 1.o Ciclo ou então pior ainda nem sequer chegou a estudar.
    Já no caso do Estudo O Perfil Escolar da Comunidade Cigana, que dá a conhecer o Conjunto de Alunos pertencentes á Comunidade Cigana Portuguesa que ano após ano decidem continuar a estudar sendo que este fato dá assim a perceber que este estudo é deveras importante pois dá por outro lado a conhecer que a maior Taxa de Abandono Escolar por parte dos Jovens Ciganos dos Estabelecimentos onde estudavam dá-se no 2.o Ciclo com o registo de 11,3% de Abandono Escolar, dando portanto a entender que existem Mudanças. A grande Maioria das Crianças cuja idade está entre os 5/6 anos ou que ainda anda na Pré-Primária ou mesmo até já começou a andar no 1.o Ciclo, trata-se por seu lado de uma aposta ganha. O Pior acontece a partir do 4.o ano de Escolaridade pois se do 1.o para o 2.o Ciclo já se nota uma certa quebra no número de Estudantes de Etnia Cigana então do 2.o para o 3.o Ciclo as coisas tendem a apresentar ainda um quadro pior do que aquele que já existia no primeiro caso. Resultado: os anos que os Estudantes Ciganos têm de Frequência Escolar sofre um encolhimento consoante os Jovens vão dando entrada no Período da Adolescência.
     Quando lhes é perguntado o porquê de os seus Filhos ou Netos terem deixado de frequentar o Estabelecimento Escolar em causa antes de efetuarem a Escolaridade Obrigatória, os Adultos que participaram deste Estudo Nacional costumavam dar uma das seguintes desculpas: Ou já tinham «aprendido o necessário» ou então tinham decidido assumir um Compromisso- «estavam Noiva/os, Casada/os, Grávidas ou tinham sido recentemente Mães/Pais».       Existem ainda outros dados de Manuela Maria Mendes e Olga Magano que ajudavam a perceber o quanto este desencontro poderia ser ainda mais grave. Por exemplo, não existiam «expectativas em relação á Escola» (situação esta que pode agravar-se devido a não terem o exemplo no seu Circulo de Amigos/Familiares Ciganos alguém que tenha feito o 9.o ou 12.o Ano de Escolaridade ou até como é o caso do que se passa com Alcina terem conseguido superar todos os obstáculos de forma a conseguirem chegar até ao Ensino Superior tendo assim conseguido dar entrada na Faculdade sendo que por último é apontada a falta dos «Impactos da Escolarização na Vida Profissional».  Seja qual for o caso, as Raparigas Ciganas acabam sempre por sofrer mais pressão para o Abandono Escolar Precoce do que os Rapazes sendo que em parte tudo se deve ao fato de que as Turmas são como sabemos, Mistas, e como é óbvio muitos dos Pais de Etnia Cigana continuam a não gostar que as suas Filhas Adolescentes convivam, sem terem a sua Supervisão, com Rapazes que não conhecem e em quem por isso os Pais não confiam.

                                                                 Pais sofriam á distância.
 

        Na altura em que Alcina deu entrada no Instituto Lisboeta de Ensino Superior Universidade do Porto, há sete anos atrás, os seus Progenitores foram alvo de Palpites, Reparos e Negações por parte dos Ciganos que faziam parte do seu Núcleo de Amigos. Tudo porque pura e simplesmente Alcina ia viver sozinha, de Segunda a Sexta-Feira, numa Cidade que ficava a mais de 300 Quilómetros de Distância. Iria perder-se? Engravidar? Traria Motivos de Vergonha a Toda a Família? Passados dois anos depois, seria a vez da Filha mais Nova optar pela mesma Universidade bem como para o mesmo Curso. E novamente, voltaram as Criticas.
     No que toca ao seu Progenitor, este nunca pedia ás Jovens para que tivessem Juízo. Antes pelo contrário, pedia á Progenitora que lhes pedisse que fossem Jovens ajuizadas ao que a Mãe acedia-lhe repetindo ás Filhas o mesmo Aviso com diversas Variações desta frase: «Ou Vós vos portais bem e fazeis as Coisas que têm a fazer ou a Mártir sou EU.» A Mãe de Alcina sabe bem o que é crescer sob a Pressão do Olhar dos Outros. Isto porque não lhe era somente exigido ser Pura como também tinha que o ser em termos de Comportamento:
       «Quando era Nova até andava assustada. Se o meu Pai fosse a Torre de Moncorvo e me visse a tomar um Café com um Rapaz, já era uma Guerra lá em Casa. Hoje, o meu Marido vai a Torre de Moncorvo e vê as Filhas a tomar Café com um Colega e é normal.» Mas ao fim e ao cabo, após ter tido tempo para chegar á conclusão do quanto era difícil percebe o porquê da Dupla Moral que não só fazia com que muitas Famílias impedissem as Jovens Filhas de dar por concluídos os Estudos Obrigatórios bem como também levaria a que muitas Jovens ficassem limitadas a Atividades Profissionais que são tidas como sendo um Prolongamento da sua Vida de Dona de Casa, como é o caso da Venda Ambulante quer de Porta em Porta quer também nas tradicionais Feiras e Mercados bem como no que se refere ás Campanhas Agrícolas: «Há Ciganos que se casam com 15 anos e aos 16 já deixaram o Marido». Já no seu caso, Alcina conta que jamais alguma vez sentiu sobre si essa Pressão de se vir a Casar que a Mãe conta. Até porque segundo revela: «O meu Pai sabia que eu tinha um Colega de Faculdade e que fazia Trabalhos de Grupo E a atitude do Pai haveria de se manter quando deu inicio á sua Vida Profissional. Isto porque nessa altura em que já estava a tirar o Estágio Profissional de Advocacia, a Jovem costumava ir com esse Colega quer para Coimbra quer para Lisboa. Enfim fosse ela para onde fosse, os dois Jovens iam sempre juntos, situação essa que segundo a Jovem conta: «Para os Ciganos, isto era uma Coisa Impensável…» e desengane-se se alguma vez o Pai da Jovem teve medo que algo lhe acontecesse por se relacionar com Pessoas de uma Etnia diferente.
       No entanto, a Mãe da Jovem Advogada volta a dizer durante a entrevista o que pensa em relação ao Comportamento que acha que os Ciganos devem de ter no que diz respeito ao resto da População Portuguesa: «Estamos num Fogo Cruzado». Isto porque por ter em conta o fato de que não pretende que os seus Familiares sejam vistos de lado por serem de Etnia Cigana, a Progenitora de Alcina Faneca tenta assim sempre resguardar a Família de qualquer Situação menos agradável. Só para citar um Exemplo: as Filhas dos Casais Não-Ciganos gostam normalmente de Namorar e Frequentar Sitios á Noite; já no que diz respeito ás Filhas de Pais Ciganos, elas normalmente não podem nem namorar, nem muito menos sair durante a Noite para se divertirem. Mas no caso dos Pais de Alcina, estes deixariam de lado esses Preconceitos e tomaram a decisão de as deixar sair. Até porque como diz: «Em vez de virem para Casa às 11h ou à Meia-Noite, às vezes queriam ficar até ás Quatro ou ás Cinco da Manhã e Eu não deixava», confessa a Mãe. «Quando estava a começar o DJ, tínhamos de vir para Casa».

                                                                  «Sabes Quem Me Escreveu?»
   
 
          Foi em meados do Mês de Janeiro de 2018, que Alcina deu uma Entrevista ao Jornalista do Canal de Televisão Privada Português, TVI, Victor Bandarra surgindo assim no Ecrã a falar da Luta Diária que travava para conseguir ser Advogada mesmo sabendo das dificuldades que teria de enfrentar para  o ser. O então Conhecido da Jovem, de quem não sabemos o nome havia visto a Peça, encontrou o seu Perfil no Site Norte-Americano Facebook, em pleno Direto a tocar Guitarra e a Cantar tendo então aproveitado para a felicitar pela Entrevista e tendo surpreendido a Progenitora quando lhe perguntou: «Sabes Quem Me Escreveu?». Tratava-se de um Jovem com quem já tinha estado em contato com a Advogada devido ao fato desta ser Sobrinha do conhecido Músico Cigano José Lito Maia, com quem o Rapaz costuma animar Festas Familiares.
   A Correspondência entre os dois Jovens ia aumentando com o passar dos anos. Ao ter notado o quanto a Filha se encontrava Feliz e temendo por isso que esta sofresse uma Desilusão Amorosa caso o Jovem demonstrasse ser diferente do que dava a entender, a Mãe mandou Alcina parar com a Troca de Mensagens. Afinal, a Jovem nem sequer havia feito ainda o Exame de Acesso á Ordem dos Advogados e toda a Satisfação que sentia poderia vir a cair por terra caso a Jovem não se empenhasse a sério nos Estudos: «Todo o Dinheiro que eu empreguei na Educação dela, toda a Ilusão que eu tive, agora vai tudo pela Água abaixo», confessa.
     A Correspondência entre os dois Jovens ia aumentando com o passar dos dias, tanto assim que ao ter reparado no quanto a Filha se encontrava Feliz e temendo por isso que esta sofresse uma Desilusão Amorosa caso o Jovem Namorado, atualmente Marido de Alcina demonstrasse ser diferente do que dava a entender, a Mãe mandou Alcina parar com a troca de Mensagens. Afinal, a Jovem ainda nem sequer havia feito o Exame de Acesso á Ordem dos Advogados e toda a Satisfação que sentia poderia vir a cair por Terra caso a Jovem não se empenhasse nos Estudos: «Todo o Dinheiro que Eu empreguei na Educação dela, toda a Ilusão que Eu tive, agora vai tudo pela água abaixo», confessou a Mãe da Jovem que na altura tinha receio de que algo pudesse falhar: «Não a vão deixar exercer ou vão andar sempre atrás dela. Vai ter de levar Guarda-Costas quando for falar com um Cliente. Isso não é Vida para ela. Ela não está habituada a isso.»  
   E claro a Mãe nem sequer conhecia o Rapaz em causa e muito menos sabia quem era a sua Família, tinha medo que estes fossem Ciganos que pensassem á Moda Antiga. O Já tão conhecido Método de Pensamento da Nação Portuguesa dá a conhecer que ainda nos nossos dias ou seja em pleno Século XXI existem muitas Pessoas que acham que «Mulheres de Vergonha» jamais devem frequentar certos Sítios sem terem ao seu lado o seu Marido e muito menos discutir os Assuntos Familiares com o Marido.
    Alcina revela então que sempre a entendeu ao dizer: «Ela tinha medo que Eu tivesse que escolher entre Ele e a Minha Vida Profissional, mas Eu sem a Minha Vida Profissional não sou Eu.» e era então que a Jovem chamava a atenção para o fato de que o Namorado nada tinha contra a sua Carreira até porque na sua opinião «Ele é Diferente». O Rapaz havia ficado a saber através da Reportagem que Alcina era Advogada Estagiária. Posto isto, caso tivesse algo contra, decerto que jamais a teria contatado. Mas a Mãe insistia em levantar novas questões. E se por acaso ele agora somente dizia que não se preocupava com tal fato e depois tomasse a decisão de a proibir de ser Advogada?
   Tendo tal situação em atenção, passado um mês e poucos dias após terem trocado as primeiras Mensagens, dá-se então o tão desejado Encontro entre o Jovem Casal, o qual teve lugar na Cidade de Coimbra concretizando assim aquela que foi a primeira visita dos dois Jovens o qual serviu para que o Casal pudesse ter aquela que foi a primeira conversa frente a frente tendo os dois aproveitado para tomar um Café. Passado mais um mês e meio, decidiram «fugir».
    «Não escondemos que somos Ciganos, mas não podemos apresentar isso como Cartão-de-Visita. As Pessoas têm de nos conhecer primeiro»., disse a Mãe da Jovem cujo seu nome também é Alcina Faneca.
    No que se refere ao Povo de Etnia Cigana, a Palavra «Fugir» não quer dizer abandonar a Família mas sim ajudar os Familiares a aceitarem a União que dois Jovens de Etnia Cigana ou em que um dos Índividuos pertence a esta Etnia consumando o Relacionamento dessas duas Pessoas para fazer com que a Família seja levada a aceitar o Relacionamento Amoroso. Assim sendo, Alcina viajou de Torre de Moncorvo, Vila pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e Sub-Região do Douro, sendo que por sua vez o Namorado viajaria de Portalegre, Cidade Portuguesa, que se trata da Capital do Distrito de Portalegre, localizada na Região Interior de Portugal mais exatamente na Zona do Alentejo, para ser mais explicita na Sub-Região do Alto-Alentejo sendo que como disse Alcina radiante: «Poupamos o Dinheiro de uma Festa». Afinal de contas, a Jovem nem sequer pretendia escapar ao que a Mãe lhe perguntando, disfarçando e mentindo nem por outro lado desejava ter que enfrentar o Pai ainda para mais porque não queria causar problemas á Familia:
      «Não tinha Coragem e outra Forma. Levaram um Choque e depois ficou tudo bem.»   Ao terem saído do Porto, o Casal decidiu dirigir-se para Casa da Família do Noivo, situada em Portalegre, levando consigo aquela que seria a derradeira Prova da Virgindade da Jovem, um Lenço que se encontrava manchado de Sangue. Assim sendo, para poderem conviver uns com os outros, a Família de Alcina decidiu juntar-se á do Namorado desta para festejarem a União entre a Advogada Estagiária e o Futuro GNR.     Resultado: Os Pais de ambos os Jovens haveriam de ficar satisfeitos com o que haviam acabado de ver pois se por um lado os Pais do Noivo embora não sejam de Etnia Cigana sabiam da importância do gesto efetuado pelo Filho em relação ao Respeito que o Jovem tem pela Namorada, Alcina, e pelos seus Progenitores. Até porque como haveria de lembrar Alcina, ambos os Casais:
    «Perceberam que não havia aquela questão de me proibirem de fazer alguma coisa, de me anularem enquanto Profissional, enquanto Pessoa. Dá para conciliar tudo quando se tem uma Pessoa que percebe que cada um tem o seu Espaço.» Ao ouvir isto, os olhos da sua Mãe enchem-se de alegria quando a ouve falar tendo então dito:
     «Ela teve Sorte. Ela encontrou um Homem com a Mentalidade dela.
   
                                                           Marido partilha da Felicidade de Alcina:
                                                                        «
Espetáculo!»
        De facto, se há Pessoa que nunca se deve ter sentido posto de lado por ter contraído Matrimónio com uma Jovem que se encontra determinada a ser Advogada ou Juíza mesmo tendo em conta que terá de passar por inúmeras dificuldades um dos casos pode ser o Jovem Marido de Alcina que faz questão de responder sempre em relação ao fato sobre se coloca qualquer tipo de entrave á sua Carreira é o Jovem Marido de Alcina que diz: «Pelo Contrário». Quando revela aos Amigos/Familiares o que a sua Esposa faz enquanto Profissional, o comentário mais usual é ouvir dizerem: «Espetáculo não se importa quando existe alguém ao seu lado que fica admirado/a com tal revelação dizendo sempre a quem o aborda que embora a Mulher seja de Etnia Cigana: «Olha, andou na Escola até tarde». Aliás, na verdade esse trata-se de um fato que nem sequer o preocupa:
«Sempre tive Seguro da Pessoa que Ela é e nunca pensei que tivesse tomado maus caminhos.»       Desde muito novo que o Jovem por seu lado sonhava em ser um Inspetor da GNR e como existe um Centro de Formação na Região de Portalegre, o Jovem sempre que se deparava com um Grupo de Recrutas na Zona queria sempre ser um deles:
       «Nunca tive expetativa de tirar uma Licenciatura. Sempre foi chegar a ter a minha Idade, ter o 12.o Ano, Fazer o Serviço Militar e entrar numa Força Policial. Inscrevi-me na GNR e na PSP. A GNR apressou-se.»        O Marido de Alcina nunca teve pretensões de que devido ao fato da sua Mulher ser Juíza não vir no entanto a marcar presença nas páginas de um determinado Jornal. Isto porque devido ao fato de pertencer á Guarda, pretende manter no Anonimato a conhecida «Clandestinidade Étnica», ao que a Sogra diz entender o seu Ponto de Vista:
         «Não escondemos que somos Ciganos, mas não podemos apresentar isso como Cartão-De-Visita. As Pessoas têm de nos conhecer primeiro». 
         Portanto, como fazer para levar a que as Imagens Seculares que tanto levam a que exista um Bloqueio na Compreensão como deixem de existir Interferências na Interação existente entre Pessoas de Etnia Cigana e as que embora mantenham um Relacionamento Amoroso com elas não o são na realidade como é o caso deste Casal?
          «Através do Diálogo Positivo; Através da Interação nas mais diversas Esferas da Sociedade: Na Escola, No Trabalho, Nos Espaços Públicos», declara Maria José Casanova, que trabalha como Investigadora no Departamento de Ciências Sociais na Universidade do Minho:
          «É Fundamental ter Curiosidade Positiva, Querer conhecer sem Ideias concebidas á Priori. E, para isso, importa haver uma Aceitação Reciproca. Sem Medos e Desconfianças. Este é um Trabalho de Todos/as». 
          É caso para dizer que existem muitas coisas que precisam de mudar na Mentalidade Cigana e do restante Povo Português:
          «Para quem, como eu, faz Investigação e trabalha com População Portuguesa Cigana desde 1991, é ainda pouco, mas sente-se que a Sociedade Portuguesa está com outra Dinâmica, que «acordou». «Muitos Municípios estão finalmente a trabalhar em conjunto com a População Cigana no Sentido de se conseguir Condições Materiais de Existência que permitam viver com Dignidade, a par da Construção de Relações Interculturais; muitas Organizações Não Governamentais (ONG´S) estão com um Papel muito mais Ativo neste Trabalho Conjunto; é com este Trabalho em Parceria, em Igualdade, que se constroem Sociedades onde os Seres Humanos se vão tornando mais Humanos.» Mas tal como bem se sabe é muito difícil que se dê a tão desejada Mudança de Mentalidades em relação aos Ciganos: «A par das Politicas Públicas, cada um e cada uma tem de fazer um Trabalho sobre Si Próprio/a; de Análises sobre como se posiciona face a todos os outros, dos Juízos de Valor que formula, das Resistências que Cria e Porquê.»

                                                      Alcina quer ajudar a mudar a Personalidade em Relação
                                                     á Etnia Cigana.
     Para quem já deu a conhecer que devido á sua Luta pelos Direitos da Etnia Cigana já se sente bastante preparada para vir a ser um Rosto de Mudança. Sabendo que ao dar-se a conhecer está a demonstrar que é possível poder pertencer á Etnia Cigana, Respeitar as suas Tradições e mesmo assim não só estudar como conjugar as três Partes da sua Vida: Pessoal, Familiar e Profissional, como o fazem igualmente Milhões de Jovens que por sua vez não são Ciganos.
    Esta é no fundo a Mensagem que pretende passar a todo o Portugal e quem sabe a todo o Mundo que vê os Ciganos ainda como se fossem um Povo iletrado e sem regras, deveres e direitos mas que na verdade merecem ser respeitados tal como as restantes Pessoas:
    «Acho importante os Pais perceberem que não é por estarem a estudar que as Filhas se vão portar mal. Se elas quiserem prosseguir um Objetivo de Vida diferente, deixem-nas segui-lo. É importante uma Mulher ter a sua Independência e viver disso mesmo.»    Posto isto, chega-se por fim á conclusão de que a aposta dos Progenitores da Jovem Alcina Faneca está mais do que ganha:
    «Não gosto de me gabar mas soube educar bem as minhas Filhas», refere Dona Alcina. Isto porque embora não fosse Alcina dar a conhecer ao Pai que ainda era Virgem, como Prova do seu Respeito pelo Progenitor decidiu mesmo assim fazê-lo. «Crescemos a ver isso», confessa. Teresa, a Irmã mais Velha de Alcina, também não precisava e no caso desta Jovem ela fê-lo da forma mais comum, ou seja, o Hímen embora não tivesse sofrido a sua rutura durante um Ato Sexual com o seu Marido, que por acaso trabalha com o Sogro, ou seja não existiu Relações Sexuais nessa altura, foi antes rompido por uma Senhora mais Velha, a qual para que se procedesse a tal acontecimento usou um dos dedos bem como um lenço branco- tinha então na altura Teresa 26 anos de idade. «Para muitos Ciganos já era uma Velha, ou já se tinha portado mal, já não se casava», diz a Mãe concluindo: «Não foi por andar na Escola e por sair para tomar um Café que não se guardou.»
 
         

    



       

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